Desenvolvemos um método baseado em micro-ondas para a segregação de minerais que não necessita de barragens no processo
2023, setembro – As barragens de rejeitos são estruturas que tradicionalmente fazem parte do processo de mineração de diferentes recursos naturais. Seus impactos negativos no meio ambiente podem ser diversos, mas felizmente já existem tecnologias capazes de eliminá-las durante a operação, tornando-a mais segura e sustentável.
De forma simplificada, as barragens são construídas para armazenar os resíduos minerais que não puderam ser aproveitados durante a lavra e o beneficiamento, que é o processo empregado para separar e concentrar os minerais economicamente desejados dos indesejados. Desta forma, o material não aproveitado deve ser retido em uma barragem. O tipo de rejeito armazenado varia de acordo com o mineral explorado e o método empregado, podendo conter partículas finas, água e produtos químicos.
As barragens de rejeitos funcionam como grandes barreiras, de modo que conforme os resíduos são depositados, a parte sólida fica no fundo, enquanto a água se concentra na parte superior, para ser posteriormente drenada e tratada. Com o tempo, a barragem vai se tornando cada vez mais seca, até que deixe de receber novos rejeitos e vire inativa.
Impactos negativos ao meio ambiente
O rompimento de uma barragem de rejeitos pode ser considerado o evento mais catastrófico e massivamente divulgado, uma vez que pode provocar a perda de vidas, além de danos ambientais a longo prazo. Mas é importante entender que a presença de uma barragem por si só também pode causar diversos impactos negativos no local, que envolvem derramamento de resíduos tóxicos, contaminação do solo e das águas, degradação do habitat, riscos para a saúde humana e animal, erosão e assoreamento, poluição sonora e visual, excesso de poeira, etc.
Desta forma, é importante que as mineradoras adotem uma série de práticas e medidas de gestão de barragens, com monitoramento constante, manutenção, treinamentos em caso de emergências, entre outros.
Tecnologias sustentáveis
Atualmente, já existem companhias do setor adaptando seus processos e buscando alternativas inovadoras e sustentáveis. Um exemplo disto é A New Wave, holding global focada no desenvolvimento de rotas e tecnologias inovadoras e sustentáveis para o setor minero-siderúrgico, que desenvolveu uma técnica disruptiva e com patente verde para a segregação de minerais por meio de micro-ondas: o Método Wave. Com viés sustentável, impacto significativo na redução da emissão de CO2, baixo consumo de água e economia circular, este processo não pede a existência de uma barragem de rejeitos e permite o reaproveitamento dos resíduos depositados nas barragens já existentes e nas pilhas secas de minérios descartados. Por fim, ainda possibilita uma inédita segregação de diferentes minerais estratégicos de forma sustentável, já que 99% dos ácidos utilizados são reciclados e recirculados, sem a dispersão destes no ambiente.
A tecnologia desenvolvida pela companhia é utilizada pela Wave Nickel, subsidiária da New Wave, que realiza o processamento sustentável do níquel, minério de alto valor para a transição energética global. A eletrificação é uma das principais demandas atuais, impulsionada pela necessidade crescente de que as empresas diminuam suas emissões de gases estufa e melhorem sua eficiência energética. O Método Wave também é empregado pela subsidiária Wave Aluminium, que processa resíduos de bauxita sem a necessidade de barragens de rejeitos.
Sobre a New Wave
A New Wave é uma holding global de tecnologia sediada em Luxemburgo e focada no desenvolvimento de rotas e tecnologias inovadoras e sustentáveis para o setor minero-siderúrgico. A companhia é detentora das marcas New Wave Tech, centro tecnológico dedicado à pesquisa e evolução de novas técnicas sustentáveis para mineração e recuperação de diversos minerais estratégicos contidos em rejeitos ou depósitos marginais; Wave Nickel, focada no processamento sustentável de níquel por meio de uma rota industrial disruptiva; e Wave Aluminium, focada no processamento revolucionário dos rejeitos de bauxita.